Petrobras informa mais duas descobertas de petróleo à ANP

Da Agência Estado

A Petrobras informou pelo menos mais duas novas descobertas na costa brasileira na segunda-feira à Agência Nacional do Petróleo. Uma das novas descobertas foi na Bacia de Camamu-Almada, no bloco BM-CAL-5, na Bahia, em que a Petrobras participa com 45% como operadora, em parceria com a Queiroz Galvão(18,3%), El Paso (18,3%) e Petroserv (18,3%). A outra foi no BC-60, na área conhecida como Parque das Baleias, na Bacia de Campos, costa do Espírito Santo. A Petrobras está sozinha neste bloco. A campanha foi feita pela sonda Pride Portland e o poço atingiu profundidade final de 5.454 metros, em lâmina d´água de 1.348 metros. A área entrou em operação em 2002, com teste de longa duração, que foi substituído pelo FPSO P-34 em 2006. Na área começou a ser produzido o primeiro óleo do pré-sal brasileiro, no campo de Jubarte.

Já o bloco BM-CAL-5, na Bahia, em que a estatal identificou novos indícios em comunicado na segunda, também já havia tido outras duas descobertas no início de setembro. Nesta nova descoberta, a Petrobras informou à ANP a existência de indícios de óleo em lâmina d´água mais rasa de cerca de 495 metros.

Os primeiros trabalhos de campo nas duas áreas começaram em 2003, quando a Petrobras contratou a PGS para adquirir dados sísmicos 3D na região. Na ocasião, foram mapeados quase 1,9 mil quilômetros quadrados. Porém, a companhia ficou aguardando licença ambiental para perfurar no local, o que só ocorreu em abril deste ano. Os poços no local foram perfurados pela sonda semi-submersível Ocean Winner (SS-54), da Diamond, e atingiu profundidade total de 3.225 metros.

No mês de setembro, a Petrobras já soma 18 comunicados com novas descobertas de indícios de óleo à ANP. Nem todas elas, no entanto, podem se mostrar viáveis comercialmente. Deste total de comunicados, apenas duas mereceram menção da Petrobras em nota ao mercado: Iara, no dia 10, e Júpiter, no dia 24. Na última semana, a empresa também confirmou a descoberta do prospecto de Júpiter, no bloco BM-S-24, na Bacia de Santos, e de reservatórios com até 150 milhões de barris de óleo equivalente (boe) no BM-S-40.