Grito dos Excluídos e Plebiscito por Constituinte se juntam neste domingo
Movimento foi organizado por lideranças católicas e reúne hoje diversos movimentos sociais, sindicatos e entidades que lutam por segmentos desfavorecidos
A vigésima edição Grito dos Excluídos se junta, neste domingo (7), ao encerramento do plebiscito popular para uma Assembleia Constituinte que estabeleça reformas no sistema político brasileiro. A atividade, que ocorre em todo o Brasil, tem como tema neste ano “ocupar ruas e praças por liberdades e direitos”. Segundo o coordenador do movimento, Ari Alberti, Grito e Plebiscito se assemelham porque buscam maior participação social nas decisões políticas brasileiras. “Nós não podemos só esperar e depender da nossa democracia representativa. Essas mobilizações são um apelo à sociedade, porque ela precisa estar disposta a ir para a rua”, argumenta.
O Grito dos Excluídos ocorre tradicionalmente, desde 1995, no dia 7 de setembro, quando é também celebrada a Independência do Brasil. A data foi escolhida para questionar a ausência popular no movimento de insurreição ocorrido em 1822. De acordo com o coordenador, o ato busca fazer com que a sociedade deixe de agir como “plateia que assiste a desfiles cívicos e militares” e passe a se pronunciar e se mobilizar nas ruas.
O movimento foi organizado por lideranças católicas e reúne hoje diversos movimentos sociais, sindicatos e entidades que lutam por segmentos desfavorecidos. O objetivo é unificar mobilizações em todo o Brasil, principalmente na periferia e nas comunidades locais.
“Direitos de liberdade não são dádivas, são conquistas. É preciso mobilização, organização e luta. O Brasil está tão conservador que nem as reformas possíveis são implementadas. Reforma agrária, reforma política, reforma tributária, isso não são nada revolucionárias, são reformas, ajustes e, ainda assim, nós não conseguimos fazê-las no país”, completa.
Da Rede Brasil Atual