Metalúrgicos do ABC defendem fórmula 85/95 para aposentadorias em ato em Brasília

Os metalúrgicos do ABC participam hoje, dia 16, em Brasília, da manifestação em defesa da sanção da fórmula 85/95 para aposentadorias. A medida foi aprovada pelo Con­gresso Nacional e o prazo para a sanção ou veto da presidenta Dilma Rousseff vence amanhã.

A concentração começará às 17h na Catedral e seguirá pela Esplanada dos Ministérios até o Palácio do Planalto. O objetivo é pressionar a presidenta Dilma para que não vete o projeto que institui a fórmula 85/95, que soma a idade com o tempo de contribuição – 85 para mulheres e 95 para homens – para o cál­culo das aposentadorias.

Ontem o presidente da CUT, Vagner Freitas, e representantes das demais centrais sindicais participaram de reunião com os ministros da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, e da Previdên­cia Social, Carlos Gabas, para defender a regulamentação imediata da medida.

“O governo não apresentou nenhuma proposta. Os minis­tros disseram apenas que a pre­sidenta Dilma está ponderando sobre a decisão que vai tomar e que queria ouvir os sindica­listas”, afirmou Vagner Freitas.

A fórmula 85/95 é mais vantajosa para quem começou a trabalhar cedo, já que possibilita ao trabalhador atingir o tempo de contribuição antes da idade mínima para aposen­tadoria. É uma alternativa ao fator previdenciário, criado por Fernando Henrique Cardoso, em 1999, que desestimula a aposentadoria mais cedo e reduz em até 40% os valores do benefício, dependendo da idade do trabalhador.

“A regra 85/95 repara parce­la dos danos provocados pelo fator previdenciário”, disse.

Segundo o dirigente, os ministros fizeram uma apre­sentação que concluiu que a Previdência Social estaria totalmente falida em 2060 se a regra for aplicada.

“O debate sobre as adap­tações que precisam ser feitas para garantir o equilíbrio das contas da Previdência Social no futuro deve ser feito a partir da sanção da fórmula 85/95”, defendeu Freitas.

O presidente da CUT afir­mou aos ministros que a cen­tral está disposta a dialogar para achar uma solução para a Previdência, mas que isso está condicionado à entrada em vigor da regra aprovada no Congresso.

“Se tem uma coisa melhor para os trabalhadores, não precisa vetar. Mantém o 85/95 e, depois, discute uma proposta melhor”, concluiu.

Da Redação