Lula critica preconceito e ódio: ´Felicidade a gente reparte ou a gente perde´
Lula em vídeo divulgado pelas redes sociais: contra o preconceito e em defesa da redução das desigualdades
Ex-presidente divulga vídeo em que elogia a democracia nas eleições e comenta a importância da promoção da igualdade por parte do governo, sem que isso precise resultar em intolerância contra pobres
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou vídeo em seu perfil oficial no Facebook em que comenta o resultado das eleições deste ano, elogia os eleitores de ambos os candidatos que disputaram o segundo turno pelo exercício da democracia e fala sobre o preconceito e a necessidade de reforçar a distribuição de renda no país. “Felicidade a gente divide ou a gente perde”, resume Lula, ressaltando que “mais generosidade e menos preconceito fariam muito bem ao Brasil”.
“Trabalhou-se durante muito tempo contra o Bolsa Família, mas pense o que seria o Brasil sem o Bolsa Família. Pega São Paulo, a capital mais importante deste país, e veja que há dez anos você parava no semáforo e tinha dezenas de crianças de 5, 6 anos de idade. Hoje, quem está pedindo dinheiro no farol? Malabarista, fazendo arte para a gente ver”, pondera o ex-presidente. Lula ressaltou ainda que, com a ascensão social dos mais pobres, todas as demais classes sociais ganham.
“As pessoas deveriam estar felizes, já que 40 milhões de pessoas ascenderam de classe social, estão se vestindo melhor, comendo melhor. Quando regulamos a profissão da empregada, demos cidadania a um setor da sociedade. A patroa não tem que ficar com raiva, tem que ficar feliz, porque a pessoa progrediu, ela tá usando um sapato melhor, uma roupa melhor, tá comprando algo melhor no açougue, no supermercado, isso deveria ser motivo de alegria, de felicidade”, pontuou Lula. “Se não for assim, só posso compreender que há preconceito.”
Lula comentou ainda a suposta “dificuldade” que o partido encontra para pedir votos à nova classe média, que demonstrou, nestas eleições, se influenciar pelo antipetismo. “No fundo, no fundo, essas pessoas são eleitores da Dilma e dos outros também. Não existe possibilidade de você criar um curral eleitoral em torno das classes sociais. O que existe é a mensagem política que você tem que passar”, minimizou.
Da Rede Brasil Atual