Vannuchi fala em reforma política para evitar parlamentares como Eduardo Cunha

País não precisa e não quer mais políticos como Eduardo Cunha, mas que se perpetuam no cargo

O analista político comenta sobre reunião entre a presidenta Dilma Roussef e o vice-presidente Michel Temer para discutir relação com PMDB

Com base na atuação do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que tem tensionado as relações entre PT e PMDB, o analista político Paulo Vannuchi chama atenção para mudanças que a democracia brasileira exige. “Primeiro, a reforma política. Sem ela, o eleitor vai continuar elegendo Lula e Dilma, mas vai, também, eleger parlamentares da qualidade de Eduardo Cunha. Deputados ele e o fisiologismo que a sua ala no PMDB expressam, não se interessam pelo que ocorreu no mês de junho de 2013. Faço votos para que, de fato, prevaleça no PMDB uma ala responsável, para que o vice presidente Michel Temer consiga fazer esse encaminhamento e que realmente Dilma não ceda e vença essa parada”.

Vannuchi avalia que a reunião de ontem à noite (9), entre a presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) foi uma conversa para tratar “do incêndio que foi ateado durante o carnaval por Eduardo Cunha”.

Antes de se reunir ontem com Dilma, Michel Temer encontrou-se com lideranças do PMDB, casos de Valdir Raupp, senador e 1º vice-presidente nacional da sigla, Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, respectivamente, presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Segundo Vannuchi, isso pode ser visto como uma perda de força de Cunha. “Ele esticou demais a corda, agora, possivelmente, o jogo vai ser de desautorizar e dizer que ele levou longe demais”.

Vannuchi diz que as reuniões com peemedebistas prosseguirão hoje e devem decidir se o partido receberá ou não o sexto ministério que reivindica. Ele analisa que, sobretudo, os encontros objetivam acabar com qualquer suposição de quebra da aliança.

Ouça o comentário na Rádio Brasil Atual.

 

Da Rede Brasil Atual