Após leilão, pedágio na BR-163 será 52% menor que teto estabelecido pelo governo
Grupo vai explorar trecho de 850 quilômetros por 30 anos
Grupo vencedor propôs tarifa de R$ 2,63 a cada 100 quilômetros, contra valor máximo de R$ 5,50 previsto em edital
O leilão de concessão para explorar a BR-163, em Mato Grosso, ocorrido hoje (27) pela manhã na sede da BM&FBovespa, foi vencido pelo grupo Odebrecht S/A na disputa que reuniu sete grupos empresariais ou empresas individuais.
A proposta vencedora fixou a tarifa de pedágio em R$ 2,63 a cada 100 quilômetros rodados, valor 52,03% abaixo do teto estabelecido pelo governo federal em R$ 5,50.
Com o compromisso de investir em melhorias nessa rodovia, a ganhadora do leilão poderá explorar por 30 anos o trecho de 850,9 km, da divisa com o estado de Mato Grosso do Sul até a cidade de Sinop (MT).
Esta é a terceira etapa do Programa de Concessão de Rodovias Federais. Estão previstas a implantação de vias marginais em travessias urbanas, interseções, passarelas e melhorias em acesso, incluindo a construção de um contorno de 10,9 km em Rondonópolis.
Custo/benefício
Para a presidenta Dilma Rousseff, as obras na rodovia permitirão o escoamento de grãos a um custo menor e beneficiará todo o país.
“Uma das questões relevantes para a gente garantir que o Brasil cresça, que melhore a vida das pessoas, que melhorem os salários, que melhore a economia é infraestrutura. É por isso que a gente fala que investir em infraestrutura aumenta a produtividade e vai aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados internacionais e, portanto, vai aumentar a nossa riqueza”, ressaltou ela, durante cerimônia de inauguração das obras de ampliação do Berço 201 do Porto de São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina.
“Essas licitações são muito importantes para o Brasil. A gente pensa que a BR-163 lá de Mato Grosso não interfere aqui em Santa Catarina, mas interfere sim, porque uma parte expressiva dos grãos convergem aqui para onde tem porto no Brasil e é por aí que vão escoar.”
Da Rede Brasil Atual