´O principal vencedor é Lula´
Ex-presidente foi o principal cabo eleitoral das eleições em 2012
Ex-presidente participa de comício em Mauá. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O resultado das eleições municipais no ABC, como em todo o País, apontou para a vitória do projeto de desenvolvimento iniciado pelo ex-presidente Lula e continuado pela presidenta Dilma, que tem compromisso com os trabalhadores.
“O principal vencedor é o Lula”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Rafael Marques. Segundo ele, as mudanças que acontecem no Brasil para melhorar a educação, a saúde, gerar empregos, fortalecer a produção e muitas outras, tiveram a participação decisiva do governo federal e foram fatores importantes para a definição do voto.
“O papel do governo federal foi decisivo no enfrentamento das crises de 2009 e de 2011. Se tivéssemos um estado mínimo não teríamos conseguido superar os problemas e quem pagaria a conta seriam os trabalhadores”, afirmou.
Para o dirigente, o eleitorado se identifica com políticos que defendem os interesses dos trabalhadores, têm compromisso com o crescimento e que se pautam pela solução dos problemas dos menos favorecidos.
No segundo turno das eleições municipais, dos quatro candidatos apoiados pela direção do Sindicato, pelo ex-presidente Lula e pela presidenta Dilma, dois foram eleitos no ABC e um em São Paulo.
Saíram vencedores os deputados estaduais, Carlos Grana, em Santo André, e Donisete Braga, em Mauá; e o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, na capital paulista.
“É uma vitória importante, por que os eleitos nestas três cidades já tinham declarado seu apoio aos interesses da classe trabalhadora”, lembrou o vice-presidente do Sindicato.
Ao mesmo tempo, Rafael Marques, não escondeu a frustração pela derrota em Diadema. “Lamentamos o resultado eleitoral na cidade, por que o Sindicato tem parceria em projetos com a atual administração que, agora, correm o risco de serem interrompidos em prejuízo dos trabalhadores”, concluiu.
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O maior cabo eleitoral do País
Um ano após ser diagnosticado com câncer na laringe, Lula deu a volta por cima e mostrou para todos que continua sendo o maior cabo eleitoral do País.
Nem a voz abalada por sua recuperação impediu que o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos arrastasse multidões aos comícios, passeatas, caminhadas e aos inúmeros atos que participou.
Sua presença mudava o resultado de eleições em cidades onde os candidatos que apoiavam o projeto dos trabalhadores estavam em desvantagem.
Após a passagem de Lula, as pesquisas mostravam uma inversão na intenção de votos e os candidatos das elites e endinheirados perdiam o posto para quem recebia o apoio do ex-presidente.
Tampouco a crítica lançada pela oposição mais ácida, que acusou o ex-metalúrgico de “tentar eleger postes” (no sentido de apoiar candidatos que a população desconhecia), pegou.
Com sabedoria, ele inverteu a acusação e avisou que “de poste em poste, vamos iluminar o Brasil”. A oposição engoliu em seco e ficou quieta.
Claro que esse prestígio não acontece por acaso. Os trabalhadores se identificam com Lula porque reconhecem nele o metalúrgico que perdeu o dedo na prensa e continua defendendo os mesmos ideais daquela época.
E votam em quem o ex-presidente indica porque sabem que assim prosseguirão o projeto da classe trabalhadora, com mais empregos, melhor distribuição de renda, justiça e igualdade. As mesmas metas defendidas pelo Sindicato.
Da Redação