Conheça o perfil dos três ministros da equipe econômico do governo Dilma

Miriam Belchior

Miriam Belchior é a primeira mulher convidada a integrar o governo Dilma. A presidenta eleita já havia declarado, anteriormente, que pretende dar mais espaço às mulheres em sua administração. Miriam tem formação em engenharia e mestrado em administração pública. Participou do governo Lula desde o período de transição, no primeiro mandato.

A subchefe de Avaliação e Monitoramento, cargo no qual coordenadou o PAC, foi assessora especial da Presidência da República até em 2003, quando o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, a convidou para integrar o ministério.

A futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, defendeu a recuperação da tradição de planejamento de governo no País durante coletiva em Brasília Ampliar

Ela também participou da formulação dos programas de estímulo aos projetos de expansão do crédito durante a crise internacional de 2008. Nesta fase, foi gestado o programa Minha Casa, Minha Vida.

É professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e tem assento no conselho de administração da Eletrobrás.

Durante o primeiro mandato do governo Lula, trabalhou na integração de outros programas ao Bolsa Família.

Miriam Belchior foi secretária na prefeitura de Santo André, no ABC Paulista, durante a gestão de seu então ex-marido, Celso Daniel, morto em 2002.

 Guido Mantega

O economista Guido Mantega assumiu o Ministério da Fazenda em 2006. Antes, no governo do presidente Lula, foi ministro do Planejamento e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Guido Mantega, atual ministro da Fazenda do governo Lula que permanecerá no cargo no governo Dilma Rousseff Ampliar
Mantega se classifica como um social-desenvolvimentista, foco que tem sido mantido tanto na carreira acadêmica como a na vida pública. Sua gestão na Fazenda tem sido marcada pelas iniciativas em favor do acesso popular ao consumo e do aumento da atividade econômica.

Essa estratégia, reforçada durante a crise financeira de 2008 com a redução de impostos, mostrou-se acertada para manter o consumo e o emprego em alta. É uma das políticas brasileiras apontadas como responsável pelo sucesso do Brasil em superar a crise internacional antes do previsto.

Como conseqüência, Mantega passou a ser um dos principais negociadores no âmbito do G-20, grupo que se transformou – em grande parte devido à iniciativa do governo brasileiro – de uma reunião de ministros das finanças em um fórum de líderes mundiais e no principal instrumento de governança mundial.

Em 2009, foi considerado pela Revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.

Mantega formulou o conceito e o diagnóstico da atual Guerra Cambial – o termo, cunhado por ele para descrever a oscilação brusca das moedas norte-americana e chinesa em 2010, foi adotado no debate econômico mundial. A expressão ganhou o mundo e hoje é usada pelas lideranças do próprio Fundo Monetário Internacional (FMI), que de início a rejeitaram.

No seu período no Planejamento, foi responsável pelo projeto de lei das Parcerias Público-Privadas (PPS), que permite investimentos associados entre empresas e governos.

Mantega tem sido assessor econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva há mais de 15 anos: foi membro da Coordenação do Programa Econômico do PT nas eleições presidenciais de 1989, 1998 e 2002.

Foi assessor do economista Paul Singer na Secretaria Municipal de Planejamento de São Paulo durante a administração da prefeita Luiza Erundina (1989-1992).

Graduado em economia e doutorado em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), foi professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC)

Nascido em 1949, em Gênova, na Itália, Mantega veio com três anos e meio para o Brasil. Publicou, entre outros livros, “Acumulação Monopolista e Crises no Brasil” e “Custo Brasil – Mito ou Realidade”.

Alexandre Tombini

O gaúcho Alexandre Tombini é diretor de normas do Banco Central desde abril de 2006. Formado em economia pela Universidade de Brasília (UnB), fez doutorado na Universidade de Illinois, Urbana Champaign, nos Estados Unidos. Antes, foi diretor de Assuntos Internacionais do BC, entre abril e junho de 2006, e diretor de Estudos Especiais, entre junho de 2005 e abril de 2006.

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr 
O futuro presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que um de seus principais objetivos à frente da autoridade monetária será manter as políticas macroeconômicas do governo Ampliar
Como membro do Conselho de Política Monetária (Copom), tem sido responsável pela elaboração e apresentação dos cenários econômicos, projeções da inflação e simulações da economia. Tombini é especialista em três áreas de atuação: metas de inflação, microeconomia do setor bancário e regulação do setor financeiro com ênfase em risco de mercado.

Serviu no escritório da representação brasileira no Fundo Monetário Internacional (FMI), de julho de 2001 até maio de 2005. Nesse período, ajudou a formular a posição brasileira em inúmeros assuntos, como modalidades de financiamento; monitoramento bilateral e multilateral, condicionalidades de programas.

Teve atuação em diversas áreas relacionadas à política de comércio exterior e às negociações comerciais internacionais. Foi, por exemplo, coordenador-geral da Área Externa da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, entre 1992 e 1995. Neste período, foi chefe do grupo técnico da negociação da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul.

Foi assessor especial da Câmara de Comércio Exterior, Casa Civil da Presidência da República, de fevereiro de 1995 a maio de 1998.

Além de ter lecionado na Universidade de Brasília (UNB), Tombini foi responsável pela Operação do modelo econométrico para a economia global (GEM), desenvolvido pela London Business School.

 

Do Portal Brasil

Fotos de Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr