Aumentos reais dobram no governo Lula

Com a campanha salarial 2010 definitivamente encerrada, a categoria acumulou o dobro de aumento real de 2003 pra cá, em comparação com o período da coligação PSDB/DEM (ex-PFL) – que disputa agora o segundo turno das eleições presidenciais com Serra à frente.

Os índices de real foram de 23,6% a 28,3% no governo de Lula entre 2003 a 2010, enquanto no período tucano de 1995 a 2002 os índices de real ficaram em 12,5% em média.

Com o ambiente democrático proporcionado por um governo de trabalhadores, as iniciativas de valorização salarial do governo do PT e o crescimento econômico que veio dessas políticas, os metalúrgicos da CUT-SP tiveram um ambiente de negociação no qual puderam avançar bastante.

Arrocho
No período anterior a situação era diferente. A coligação PSDB/DEM não aceitava negociar com trabalhadores, os salários eram arrochados e não houve crescimento econômico. Como resultado as negociações foram muito difíceis.
O melhor exemplo da mudança de tratamento correu neste ano, quando pela primeira vez na história da categoria o amento real superou o índice de inflação.

Massa salarial se recupera
Em 1995, quando FHC assumiu, a participação dos salários era de 35,2% do PIB e começou a cair até chegar a 31,4% em 2002.
Como o PIB em 2002 foi de R$ 1,4 trilhão, a parte dos salários foi de apenas R$ 439 bilhões.

Com a recuperação da economia a partir de 2003, no ano passado, a soma dos salários voltou a 35% do PIB. Só que, como o PIB havia subido para R$ 3,5 trilhões, os salários corresponderam a R$ 1,2 trilhão.

Quase três vezes mais que no período anterior
Além do aumento do emprego, o crescimento da soma dos salários foi reforçado pelas negociações salariais e a valorização do salário mínimo.

 Da redação