Oposição perde força na eleição
O alto índice de aprovação do presidente Lula refletiu negativamente para os principais partidos de oposição ao governo federal, nas eleições municipais.
Juntos, PSDB, DEM e PPS perderam 910 prefeituras, em comparação com 2000, quando o tucano FHC ainda era o presidente.
A maior redução aconteceu com o DEM, que deve comandar a partir do próximo ano 532 cidades a menos do que em 2000, quando ainda se chamava PFL.
O PPS também sentiu na pele os efeitos de não ser aliado do governo.
Em 2000, tinha 166 prefeituras. Embora tivesse candidato à Presidência em 2002, com Ciro Gomes, sua direção mantinha boa relação com o governo FHC
Com a vitória de Lula, o PPS se juntou à base aliada, ganhando o Ministério da Integração Nacional, entregue justamente a Ciro, e outros cargos importantes.
Assim, saltou em 2004 para 306 prefeituras. Mas o PPS rompeu com o governo nesse mesmo ano e Ciro acabou se mudando para o governista PSB.
Na oposição, o PPS voltou a encolher, caindo agora para 132 prefeituras.
Sete eleitos na Assembléia
O resultado das eleições municipais provocou mudanças também na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Dos 32 parlamentares que eram candidatos a prefeito ou vice-prefeito no Estado de São Paulo, sete elegeram-se. Entre os eleitos, três são do PT, Cido Sério, eleito em Araçatuba,Sebastião Almeida, em Guarulhos, e Mário Reali, em Diadema.
Os outros eleitos são Antonio Carlos (PSDB), em Caraguatatuba; Dárcy Vera (DEM), em Ribeirão Preto; Marcio Bertaiolli (DEM), em Mogi das Cruzes; e Valdomiro Lopes (PSB), em Rio Preto.
Quanto aos suplentes, o primeiro nome na lista do PT – partido com mais alterações – é Fausto Figueira, seguido por Francisco Brito, eleito prefeito de Embu, o que abre vagas para Beth Sahão e Carlos Neder.