Partidos de oposição perdem 910 prefeituras

A maior redução aconteceu com o DEM, que deve comandar a partir do próximo ano 532 cidades a menos do que em 2000, quando ainda se chamava PFL. Um desempenho pior, por exemplo, que o modesto e governista PP, que ganhou em 549 municípios

O alto índice de aprovação do presidente Lula refletiu negativamente para os principais partidos de oposição ao governo federal, nas eleições municipais. Juntos, PSDB, DEM e PPS, perderam 910 prefeituras, em comparação com 2000, quando o tucano FHC ainda era o presidente.

 

A maior redução aconteceu com o DEM, que deve comandar a partir do próximo ano 532 cidades a menos do que em 2000, quando ainda se chamava PFL. Um desempenho pior, por exemplo, que o modesto e governista PP, que ganhou em 549 municípios.

 

O PPS também sentiu na pele os efeitos de não ser aliado do governo. Em 2000, tinha 166 prefeituras. Embora tivesse candidato à Presidência em 2002, com Ciro Gomes, sua direção mantinha boa relação com o governo FHC.

 

Com a vitória de Lula, o PPS se juntou à base aliada, ganhando o Ministério da Integração Nacional, entregue justamente a Ciro, e outros cargos importantes. Assim, saltou em 2004 para 306 prefeituras. Mas o PPS rompeu com o governo nesse mesmo ano e Ciro acabou se mudando para o governista PSB. Na oposição, o PPS voltou a encolher, caindo agora para 132 prefeituras.

 

POPULARIDADE DO PRESIDENTE -O governo Lula e seu desempenho pessoal batem seguidos recordes históricos de popularidade. E Lula é popular porque faz um bom governo, apesar de a elite brasileira tentar achar explicações cósmicas para tamanha aprovação popular.
 
Aproveitando a fala de especialistas em pesquisas de opinião, “a nossa elite precisa parar de ver a popularidade de Lula como mistério ou como obviedade. Ela precisa reconhecer que ele tem a popularidade que tem simplesmente porque faz, aos olhos da maioria da população, um bom governo, seja pelo que faz de certo, na economia, nos programas sociais, seja pelo que não faz de errado, em comparação com seus antecessores”.
 
Da Assimp e da Tribuna Metalúrgica