Candidatos petistas no ABC conquistam apoio até de tucano

Pesos pesados do PSDB, como Diniz Lopes, e do PPS da região oficializaram suas adesões às campanhas a prefeito de Oswaldo Dias, de Mauá, Luiz Marinho (São Bernardo) e Vanderlei Siraque (Santo André)

Primeiro Luiz Marinho, em São Bernardo, agora é a vez de Oswaldo Dias (Mauá) e Vanderlei Siraque (Santo André). Os três candidatos do PT a prefeito que vão disputar o segundo turno conquistaram importantes e até inéditos apoios às suas candidaturas.

Oswaldo Dias, que atingiu 104 mil votos (48,9% dos válidos) no primeiro turno em Mauá, conquistou o apoio de Diniz Lopes (PSDB), terceiro colocado com 47,6 mil votos (22%). O ex-candidato anunciou na quarta-feira (9) apoio ao candidato petista. A adesão é um fato político histórico no ABC, porque, pela primeira vez, um tucano anuncia, publicamente, adesão a um candidato do PT.


 “Tomei essa decisão, pois já conheço o professor Oswaldo desde o meu 1º mandato em 1997 e durante oito anos dei sustentação a ele. Em 2000, subi no palanque para apoiá-lo à reeleição. Além disso, fui o único a favor das contas da administração petista em 2004. Por isso, digo que minhas ações são com coerência”, disse Diniz, que em 2000 era filiado ao PL.

Ao afirmar que está focado na “vitória de Oswaldo”, Diniz revelou que foi procurado pelo candidato do  PSB Chiquinho do Zaíra, mas recusou o pedido de apoio. “Eu fui procurado e recebi muitas ligações do (prefeito) Leonel Damo, que é do PV, partido que pertence ao bloco que apóia Zaíra.

“Quando ele me ligou tive mais certeza ainda em apoiar o Oswaldo, pois não quero apoiar o candidato do Leonel”, disse. O tucano fez questão de ressaltar que o apoio ao petista é irrestrito. “Vou subir no palanque e ir onde for preciso para fazer o Oswaldo prefeito”, disse.

Oswaldo Dias destacou sua afinidade com Diniz Lopes. “Nós nos relacionamos muito bem. Não temos problema nenhum de apoio. Nosso problema é com esse grupo que administra a cidade e que está voltando com o clientelismo”, afirmou o prefeiturável.

 

Siraque fecha com PPS

Em Santo André, o candidato petista à Prefeitura, Vanderlei Siraque, recebeu, também na quarta-feira, o apoio do PPS para o segundo turno das eleições municipais. Siraque, que venceu o primeiro turno com de 182,3 mil votos (48,9% dos válidos), passa a ser apoiado agora por 11 partidos – (PPS, PT, PC do B, PMDB, PV, PSB, PDT, PSL, PHS, PRB e PRTB).

“Nossa proximidade neste momento se baseia em objetivos programáticos. O PPS, como já diz o próprio nome, faz parte do arco de centro-esquerda que formamos para concorrer à Prefeitura de Santo André. Já estávamos próximos até antes de configurar-se o segundo turno, por conta do trabalho muito similar que eu e o Alex conduzimos na Assembléia Legislativa”, afirmou Siraque. “É uma união em torno do nosso plano de governo, que foi, efetivamente, o único apresentado à população durante o primeiro turno”, disse o petista.

Renê Naves, presidente municipal do PPS, também ressaltou que a aprovação do partido em relação ao plano de governo de Siraque foi fator determinante para que a união no segundo turno fosse articulada. “Vemos aqui propostas consistentes para Santo André. Nossa vontade, desde o início, era de nos aliarmos à candidatura de Siraque, mas não pudemos fazê-lo por conta de uma posição da executiva estadual do partido”, ressaltou.

Campanha conjunta

Em São Bernardo, um dia depois de anunciar apoio à candidatura de Luiz Marinho, o ex-candidato Alex Manente (PPS) saiu às ruas para fazer campanha ao lado do candidato petista. O principal desafio do deputado do PPS foi esclarecer aos eleitores que a notícia espalhada no sábado (sua suposta renúncia em prol da candidatura governista) – era falsa.

Manente afirmou que o apoio no segundo turno tem mais peso do que a eventual aliança na primeira fase. “Nossa candidatura foi importante para ampliar o debate de propostas, do contrário haveria polarização e o eleitor teria de opinar pelo partido que simpatiza.

Da Redação da Tribuna Metalúrgica e do Portal do Sindicato