Relatório acusa criminalização dos movimentos sociais do RS
A Comissão Especial do Conselho de Defesa à Pessoa Humana (CDDPH), da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, confirma que a Brigada Militar, o Poder Judiciário e o Ministério Público do Rio Grande do Sul criminalizam os movimentos sociais e sindical.
Relatório parcial da CDDPH descobriu documento entregue a todos os comandos da Brigada no interior gaúcho e na Capital normatizando os procedimentos da corporação em relação aos movimentos sociais.
Pelo texto, os policiais devem fazer a identificação dos integrantes dos movimentos, o monitoramento de suas sedes, evitar protestos e ocupações e, quando for preciso, usar a força.
Para o advogado da Comissão, Leandro Scalabrin, o documento seria a prova oficial de que a criminalização dos movimentos sociais é uma política do governo de Yeda Crusius (PSDB).
“Mantém-se um cadastro atualizado dos movimentos sociais. Essa normativa, somente no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e entre as mulheres camponesas, já resultou em uma lista de mais de 500 pessoas fichadas, com as supostas lideranças identificadas, com fotos, tal como fazia o DOPS na ditadura militar”, afirmou.