Ferramentarias definem modelo de negócio do APL


Reunião ocorreu nesta segunda, em São Bernardo. Foto: Valmir Franzoi / PMSBC

As ferramentarias do ABC que participam do Arranjo Produtivo Local (APL) do setor definiram nesta segunda-feira (13), em reunião na Prefeitura de São Bernardo, o modelo de negócio do grupo. O escolhido foi o formato de empresa-âncora.

Agora, quem aderir ao APL poderá se organizar mais facilmente na hora de receber pedidos de compras de ferramental por parte de outras fábricas, montar orçamentos e pedir financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“No modelo empresa-âncora, as pequenas e médias ferramentarias vão trabalhar em conjunto na hora de fazer essas solicitações, o que vai trazer competitividade para todas elas”, afirmou Carlos Manoel de Carvalho, gerente executivo do APL.

Isso permitirá, por exemplo, que as empresas apresentem apenas um orçamento na hora de negociar com uma montadora, o que diminui custos e faz com que as ferramentarias tenham vantagem ao competirem com fábricas do exterior.

Grande notícia para o setor
Desde o início das discussões do grupo, em novembro do ano passado, cerca de 80 ferramentarias do ABC aderiram ao Arranjo Produtivo Local, organizado pelo Sindicato, as prefeituras de Diadema e de São Bernardo, e o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC).

A iniciativa estimula o setor, que emprega cerca de 15 mil metalúrgicos no ABC, dando mais força nas negociações com governo, montadoras, instituições financeiras, de ensino e pesquisa.

“Cada vez mais empresas se juntam à iniciativa, o que é uma grande notícia”, afirmou Rafael Marques, vice-presidente do Sindicato, que esteve na reunião.  

Segundo ele, este avanço acontece pela forma que o Sindicato conduz o processo, com o apoio das Prefeituras e do MDIC. “Tenho certeza que juntos vamos conseguir reverter o processo de desmonte do setor, que estava indo para a China, e salvar os empregos que ele gera e mantém”, concluiu o dirigente.

Da Redação