Colgate deverá ter de se explicar na delegacia do trabalho

Empresa é acusada pelo Sindicato dos Químicos do ABC de cárcere privado

Antonio Ledes

Trabalhadores teriam sido impedidos de participar
de assembleia nesta segunda-feira

O Sindicato dos Químicos do ABC entrou com pedido na DRT (Delegacia Regional do Trabalho) para convocar os responsáveis pela fábrica da Colgate-Palmolive de São Bernardo a darem explicações sobre os acontecimentos dos últimos dias na empresa. De acordo com o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Wanderley Salatiel, a empresa está adotando uma série de medidas que ferem a legislação.

“Temos casos de trabalhadores que estão entrando quatro horas mais cedo para fazer horas extras, o que não é permitido por lei. Eles demitiram pessoas após entrarmos com o aviso de greve. Na sexta-feira passada (23/07) eles já tinham segurado os trabalhadores dentro da fábrica após o horário de saída e nesta segunda-feira (26/07) isso se repetiu. Eles não podem fazer isso. Isso é cárcere privado”, denunciou o sindicalista.

De acordo com o sindicato, a empresa impediu os trabalhadores de deixarem a fábrica no horário nesta segunda-feira, pois a entidade realizava manifestação durante a troca de turnos. Os trabalhadores reivindicavam o pagamento de R$ 2.000 de PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A Colgate oferece R$ 1.850 de abono. Salatiel também afirma que a empresa está tentando coagir os trabalhadores da fábrica a aceitar a proposta da empresa.

Com ABCD Maior

Notícias relacionadas: 

Trabalhadores da Colgate são trancados na fábrica

Colgate pode fazer ABCD relembrar manifestações

Colgate e trabalhadores sem acordo sobre PLR