Seminário quer crédito rápido para empresas

Proporcionar mais crédito com mais agilidade às empresas foram os dois objetivos perseguidos pelos debates do grupo de trabalho que discutiu o tema Crédito no Seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, realizado na semana passada

Crédito mais ágil e com menos burocracia

Proporcionar mais crédito com mais agilidade às empresas foram os dois objetivos perseguidos pelos debates do grupo de trabalho que discutiu o tema Crédito no Seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, realizado na semana passada em São Bernardo. Todas as 19 proposta foram aprovadas por consenso e divididas em três grupos.

As propostas específicas para a região sugerem a estruturação do Banco do Povo Regional semelhante ao que existe em Santo André, e a criação de um centro de informações sociais e econômicas sobre o ABC.

Outros encaminhamentos são a instalação de uma agência do BNDES na região, pois hoje existe apenas um posto de atendimento, e o estreitamento de relações com a recém criada Agência de Fomento do Estado.

´” falta de crédito é um dos gargalos para as empresas superarem a crise, analisa”

´Renegociação de dívidas

O grupo também aprovou propostas gerais para o País, com destaque para a criação de mecanismos que realmente assegurem a concessão de crédito à economia.

“A falta de crédito às empresas é um dos grandes gargalos na nossa região, já que os bancos cobram juros extorsivos e impõem exigências difíceis de serem cumpridas. Assim, as empresas ficam sem dinheiro para giro ou para investimentos”, disse Rafael

Marques, vice-presidente do nosso Sindicato.
Para superar esse problema, o grupo aprovou propostas como a democratização do Conselho Monetário Nacional, com a participação de outros agentes sociais além de economistas e banqueiros.

Empréstimos com contrapartida social

Tendo também a preo-cupação de levar mais conhecimento sobre crédito à população, o grupo aprovou propostas como a capacitação gerencial sobre o assunto para empreendedores
e a educação financeira para consumidores.

Outra proposta pede um plano de renegociação de dívidas para os trabalhadores e para as micro, pequenas e médias empresas.

Novas linhas

O grupo de trabalho também aprovou propostas específicas ao BNDES como a redução do período de análise de projetos e criação de programas com taxas diferenciadas para as empresas que derem como contrapartida a manutenção do nível de emprego, melhoria das condições de trabalho ou investimentos em controle ambiental e em inovações tecnológicas.

Outra proposta é a criação de linhas alternativas de crédito direcionadas às cadeias produtivas, como a venda direta de caminhões pelas montadoras, com recursos do BNDES.

“É fundamental que os créditos cheguem às empresas com menos burocracia e mais agilidade”, concluiu Rafael Marques.