Sob calor intenso e pouca chuva, volume de água cai em todos os sistemas da Sabesp
Reservatórios quase secos: forte calor, com temperaturas de 35 graus, e a estiagem agravam crise no abastecimento
Em situação crítica, Cantareira recua para 6% e Alto Tietê baixa 0,2 ponto percentual, para 10,6%; chuvas acumuladas no mês estão abaixo do nível de janeiro de 2014
Os seis sistemas de abastecimento administrados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apresentaram queda na última sexta-feira (16). A pior situação continua sendo a do principal manancial da Grande São Paulo, o Sistema Cantareira, com um recuo na quantidade água disponível de 6,1% para 6%.
No Alto Tietê, que também sofre ameaça de entrar em colapso nos próximos meses, a captação de chuva foi praticamente nula, com 0,1 milímetro, e o nível baixou de 10,8% para 10,6%. Na represa Guarapiranga, ao sul da capital paulista, um chuvisco levou apenas 3 milímetros de água para o sistema e não evitou que o volume armazenado caísse de 39,9% para 39,7%.
Os dias de forte calor, com temperaturas beirando os 35 graus, e a estiagem fora de época na maior parte do estado de São Paulo vêm piorando a crise hídrica que atinge não só a região metropolitana como também as cidades do interior.
Nesse mesmo dia, no ano passado, o Cantareira tinha volume de 24,8%, que já era baixo em relação aos níveis históricos para janeiro. Na época, ainda não era utilizada a reserva técnica ou o chamado volume morto, água abaixo dos equipamentos de captação por gravidade. Agora, praticamente vai se esgotando a retirada da segunda cota dessa reserva.
Enquanto em janeiro de 2014 o acumulado de chuva estava em 74,8 milímetros, também abaixo da média histórica, neste mês está em 60,1 milímetros, diante da média de 271 milímetros.
Nos demais sistemas, ocorreram as seguintes quedas nos volumes armazenados: Alto Cotia (de 29,6% para 29,4%); Rio Grande (de 69,9% de para 69,7%) e Rio Claro (de 25,1% para 24,5%).
Da Rede Brasil Atual