Nível dos reservatórios volta a cair, mesmo após chuva em São Paulo

As represas do Cantareira, da Guarapiranga e do Alto Tietê voltaram a registrar mais uma queda nesta quarta-feira (5).

De acordo com a Sabesp, o sistema Cantareira opera com 11,8% de sua capacidade.

Por conta das chuvas, o reservatório perdeu 0,1 ponto percentual. Normalmente, ele pede 0,2 ponto percentual por dia.

Em um dia choveu o equivalente 3,6 mm na região das represas que compõe o sistema Cantareira. No acumulado dos cinco primeiros dias de novembro choveu 43,2 mm nos reservatórios – a média para o mês de novembro, segundo a Sabesp, é de 161,2 mm de chuva.

Na terça-feira (4), o nível era de 11,9%, mesmo valor registrado no dia anterior. Foi a primeira vez desde setembro que o índice não caiu por conta das chuvas que atingem o Estado.

No sistema Alto Tietê e no Guarapiranga também foram registradas quedas no nível dos reservatórios.

O Alto Tietê opera com 8,6% enquanto no dia anterior o índice era de 8,7%. Na Guarapiranga o nível caiu de 37,9% para 37,5%, respectivamente.

Efeito esponja

O “efeito esponja” é um dos problemas que devem retardar a recuperação do Cantareira, maior reservatório da região metropolitana. Com as represas esvaziadas, parte do solo argiloso que antes ficava submersa está agora exposta e seca. Na prática, as chuvas precisam encharcá-lo antes que ele consiga armazenar a água.

Por isso, o regime de chuvas é um fator primordial no ritmo de recuperação do reservatório. Elas precisam ser contínuas.

Previsão

A chegada de uma frente fria no leste e sul do Estado deve trazer nesta semana pancadas de chuvas. Outra frente fria na sexta deve causar mais chuvas principalmente no sábado. A partir de segunda, a tendência é que elas diminuam.

A previsão para os próximos três meses é que as chuvas fiquem dentro da média do verão. O Cantareira, com isso, deve chegar à estação seca com seus reservatórios ainda baixos. Segundo especialistas, ele pode levar até cinco anos para se recuperar.

Da Folha de S. Paulo