Químicos iniciam mobilizações nas fábricas

Trabalhadores do setor químico que atuam no Grande ABC iniciaram mobilizações dentro das fábricas. A categoria, que está em campanha salarial, encontra dificuldades nas negociações  com a bancada patronal. Segundo o secretário-geral de imprensa do Sindicato dos Químicos do ABC, Sidney Araújo dos Santos, já foram realizados dois encontros com a bancada patronal para discussão das cláusulas sociais e, até o momento, não houve avanços. “Só escutamos ‘não´ até agora. Se for preciso vamos engrossar o caldo”, afirma.

Duas reuniões estão agendadas para o dia 25 e 31. “Caso as propostas não sejam melhoradas, não descartamos a possibilidade de greve”, conta Santos.

No dia 9 de novembro será realizada uma assembleia na sede do sindicato (Avenida Lino Jardim, 401, Vila Bastos, Santo André) com os funcionários para decidir os rumos da campanha, caso até o fim do mês as propostas permaneçam as mesmas. A data base é 1º de novembro.

Neste ano, a categoria reivindica aumento salarial, piso de R$ 1.400 (atualmente o valor é R$ 980); PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mínima de R$ 1.400 a todos os funcionários. Também estão em pauta itens como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, com os sábados livres e a formalização da OLT (Organização Local de Trabalho), ou seja, a atuação da comissão sindical dentro das fábricas. A campanha é coordenada pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT no Estado de São Paulo) e abrange cerca de 190 mil trabalhadores. Na região, os 40 mil funcionários, dos setores químico, petroquímico, plástico, tintas e vernizes, resinas sintéticas e colas e de explosivo, pertencem à base do sindicato da região.

 

Do Diário do Grande ABC