MPEs do ABCD faturaram R$ 7,8 bilhões no primeiro semestre

Para o consultor do Sebrae, micro e pequenas empresas da Região devem crescer com a economia do país

Pesquisa do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), divulgada nesta sexta-feira (20/08), apontou que as MPEs (micro e pequenas empresas) do ABCD registraram faturamento de R$7,8 bilhões no primeiro semestre de 2010.

O faturamento real das MPEs da Região, entre os meses de maio e junho, teve aumento de 3%. Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o de 2009 o crescimento foi de 8,7%. Na relação entre entre junho de 2010 e o mesmo mês do ano passado, houve queda de 1%.

De acordo com o estudo, a queda teria sido causada pelo fim das isenções do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Antes da volta do imposto, os descontos em diversos produtos fez os consumidores adiantarem as compras. A pesquisa aponta ainda que com a tarifa de volta ao mercado, a população deixou de realizar compras, o que provocou a diminuição nas vendas, que, consecutivamente, causou uma baixa na demanda por mercadorias e a queda no faturamento das MPEs no mês de junho na comparação com o mesmo mês de 2009.

Para o professor de economia da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio, a tendência é de que as MPEs possibilitem a recuperação da economia regional e consecutivamente gerem mais empregos. “A pequenas empresas possuem uma demanda alta de unidades para atender o mercado o que tende a impulsionar o crescimento da economia na Região”, destacou.

De acordo com o consultor do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves, a economia vive um momento de crescimento e as MPEs tendem a acompanhar o andamento da economia, uma vez que têm no mercado interno seus principais compradores.

“É provável que no segundo semestre as taxas de crescimento de faturamento das MPEs sejam mais moderadas, acompanhando o ritmo da economia. De um lado, a base de comparação será mais forte, uma vez que no segundo semestre de 2009 a economia começou a sair da crise. De outro lado, os aumentos nos juros básicos tendem a refrear um pouco o ritmo de crescimento da economia.”, destacou.

Do ABCD Maior