9 de Julho de 1932 – Paulistas se levantam contra o Brasil

O dia 9 de julho de 1932 marca o início de uma revolta do Estado de São Paulo contra o presidente do Brasil na época, Getúlio Vargas. O episódio é conhecido por Movimento Constitucionalista.

Vargas tomou o poder dois anos antes por meio da chamada Revolução de 1930. O movimento mexeu com os interesses das elites políticas paulistas, que passaram a reivindicar a realização de eleições.

Em busca de aliados, o presidente reconhece oficialmente sindicatos de trabalhadores, legaliza o Partido Comunista e autoriza aumentos salariais.

Golpe contra golpe
Revoltados com o fim do prestígio político, empresários e fazendeiros de São Paulo se uniram contra Vargas e, em julho, tropas paulistas se espalharam pela capital. Mas as tropas federais, mais numerosas e bem equipadas, derrotam os paulistas em outubro.

O feriado neste dia foi criado em 1997 e só vale para o Estado de São Paulo.

Revolução ou golpe?
Para o cientista político Emir Sader, o movimento de 1932 representou uma tentativa da elite paulista de recuperar o poder perdido em 1930.

Segundo ele, o movimento tinha um sentido claramente separatista, elitista e antinacional.

Desde então, só um paulista foi eleito presidente. Isso aconteceu com FHC, em 1994. Para Sader, o PSDB resgatou o sentimento elitista de 1932.

O governo de FHC, afirma o cientista, traduziu isso da forma mais clara: governo dos banqueiros, que desprezou o desenvolvimento e o resto do País, para priorizar a estabilidade monetária e remunerar os bancos com taxas de juros que chegaram a 48%.

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