Emprego metalúrgico volta a níveis pré crise

Em outubro de 2008 haviam 2.162.700 metalúrgicos empregados no Brasil. Nos meses seguintes, 80 mil postos de trabalho foram fechados no setor. Em abril, porém, a categoria voltou a somar 2.150.281 (gráfico ao lado) trabalhadores e ainda neste semestre deve chegar à sua maior marca.


Emprego está perto do nível pré crise


Carlos Grana, entre os secretários João Cayres e Valter Sanches

O nível de emprego os metalúrgicos brasileiros chegará até o final deste mês no mesmo patamar que estava em outubro de 2008, pouco antes de acontecer a crise econômica mundial.

Naquele mês o Brasil contava com 2.162.700 metalúrgicos. “Acredito que ainda neste semestre vamos superar outubro de 2008, nossa melhor marca em 20 anos”, previu Carlos Grana, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, ao comentar o estudo Uma Década de Mudança, preparada pela Subseção Dieese da CNM.

Nos meses seguintes a outubro de 2008, a categoria perdeu cerca de 80 mil postos de trabalho em todo o País. A recuperação começou no final de 2009 e chegou a abril deste ano com 2.150.281 empregos.

Rotatividade – Os setores de máquinas e autopeças foram os que mais demitiram ano passado em virtude da crise, seguido em menor escala pelo eletroeletrônico.

Além da queda na produção, o dirigente denuncia que especialmente o setor de autopeças usou a crise como muleta para intensificar a rotatividade. Para isso, apressou aposentadorias e trocou trabalhadores com maiores salários por menores.

“Percebemos o crescimento da rotatividade, porque o salário médio dos metalúrgicos sofreu uma pequena redução entre 2008 para 2009”, disse Grana.

O desempenho econômico brasileiro nos últimos anos refletiu de forma muito positiva para os metalúrgicos.

O emprego na categoria praticamente dobrou nesta década, saltando de 1.276.699 postos em dezembro de 2000 para os 2.150.281 do mês passado.