Debate e panfletagem na região

Amanhã, 28 de abril, é o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidente de Trabalho. Os sindicatos marcarão a data na região com uma panfletagem e o debate Riscos emergentes e
novos modelos de prevenção em um mundo do trabalho em transformação.

O debate é aberto e acontece a partir das 9h no teatro Elis Regina, que fica na Av. João Firmino, 900, Vila Assunção, em São Bernardo.

A panfletagem será na Praça da Matriz da cidade, a partir das 16h.

Ações preventivas
“O objetivo da manifestação é deixar em evidência a questão dos acidentes e doenças do trabalho e o não reconhecimento dos direitos dos trabalhadores pelos órgãos públicos e empresas”, explicou Mauro Soares, diretor do Sindicato responsável de operação. Quando o
trabalhador retirou a sobra enroscada, o mecanismo voltou a funcionar e atingiu a mão do trabalhador.

Perigosas e irregulares
A serra também não tem sensor que a desligue sempre que aconteça um enrosco. Com isso, ela só voltaria a funcionar se o trabalhador religasse a máquina, que voltaria ao ponto
de partida para iniciar um novo ciclo.

Esse mesmo problema de falta de proteção e de sensor já havia causado um acidente em janeiro, atingindo um dedo de outro trabalhador.

A CIPA eleita e os diretores do CSE, representados pelo coordenador Nilton Costa Aguilar, o
Mosquito, informou que a colocação da proteção e dos sensores é uma demanda antiga. “Essa reivindicação já consta de várias atas de CIPA, mas a empresa nada faz, mostrando o descaso
com que trata a saúde e a segurança dos trabalhadores”, afirmou Mosquito.

Além disso, outras máquinas do mesmo tipo também não têm proteção e são igualmente perigosas e irregulares.

“Não vamos tolerar mais!”
José Maurício foi operado, mas existe o risco dele ficar sem os movimentos dos dedos e até de haver rejeição do reimplante dos dedos.

A máquina continua interditada pela CIPA e pelo CSE e só deverá voltar a funcionar depois de
colocados todos os dispositivos de proteção.

O mesmo deve acontecer com todas as outras máquinas.

A Magneti/Cofap vem descumprindo normas básicas de segurança e também não cumpre a lei, pois não fornece as cópias das CATs para o trabalhador acidentado e nem para o Sindicato.
“Agora chega! Não vamos mais tolerar tanto desrespeito aos trabalhadores”, afirmou Juarez
Barros, o Buda, diretor do Sindicato e trabalhador na Magneti/Cofap.

“Vamos também chamar a atenção sobre a necessidade da atenção integral aos trabalhadores por meio de ações preventivas e de promoção à saúde”, concluiu o dirigente.

Números de guerra No Brasil, só em 2008 foram registrados 747 mil de acidentes de trabalho
com 2.757 mortes e 12.071 casos de trabalhadores que sofreram incapacidade permanente,
conforme os dados mais atualizados da Previdência.

No mesmo ano, foram gastos R$ 46 bilhões do dinheiro público com a assistência médica, benefícios por incapacidade temporária ou permanente e pensões por morte de trabalhadores
e trabalhadoras vítimas das más condições de trabalho.