Carta aponta novas diretrizes de luta


Sérgio Nobre fala no encerramento do congresso

As reivindicações específicas das mulheres metalúrgicas ganharão mais espaço na agenda do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Um conjunto de oito diretrizes foi aprovado pelas 435 delegadas e 67 delegados no encerramento do 2º Congresso das Mulheres Metalúrgicas, na manhã do último sábado.

Intitulada Carta do 2º Congresso, o documento aponta para reivindicações que valorizem o trabalho e o salário das mulheres, sua maior participação nas instâncias de representação sindical e na categoria. Além de realizar encontros anuais, marcar o 3º Congresso para daqui três anos (veja íntegra abaixo).

A carta também lança oficialmente a campanha Dá licença, eu quero 180, pela ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias (leia matéria na página 2).

Estímulo – “É um documento para virar realidade”, afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, assumindo o compromisso de tornar reivindicações as oito diretrizes.

“A partir de segunda-feira (ontem) vamos mandar pautas para todas as fábricas pela licença de 180 dias”, completou.

Segundo o dirigente, o objetivo do Congresso de abrir o Sindicato à maior participação feminina foi plenamente atingido.

“Essa casa nasceu para organizar e representar. É um espaço de luta que as mulheres têm de ocupar”, incentivou.

Evento – Aberto na noite de quinta-feira, com as presenças do presidente Lula e das ministras Dilma Rousseff, Casa Civil, e Nilcéia Feire, da Secretaria de Mulheres, o 2º Congresso realizou conferências, debates e oficinas temáticas (veja resumo nas páginas 6 e 7).

“Abrimos o maior espaço possível para a expressão das companheiras. Elas começaram a perceber que o Sindicato é de fato um local também para as mulheres”, destacou Simone Vieira, coordenadora da Comissão das Mulheres Metalúrgicas.