Neoliberalismo nunca mais!

O Fórum Social Mundial terminou em Porto Alegre com as centrais sindicais e os movimentos sociais aprovando uma série de manifestações unificadas para impedir a volta do neoliberalismo ao País.


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Mobilização nacional contra o neoliberalismo

Os movimentos sociais e as centrais sindicais aprovaram no último dia do Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, documento definindo uma série de manifestações e ações unificadas neste ano para impedir a volta do neo-liberalismo ao País.

Em resumo, neoliberalismo é um sistema de governo que deixa as forças de mercado agirem livremente e tira o Estado da definição da economia, bem como das políticas sociais. Privilegia as privatização e provoca a desregulamentação e a precarização do trabalho.

Um dos objetivos é pressionar o Congresso para a aprovação de reformas que garantam a função social da propriedade e a reforma agrária, além de melhores condições de vida e de trabalho para a população.

“A unidade entre os movimentos é fundamental para barrarmos o neoliberalismo e avançarmos no projeto de desenvolvimento que queremos”, destacou o secretário geral da CUT, Quintino Severo.

No total, são 38 bandeiras de luta que abordam temas como defesa do pré-sal para a população brasileira e integração da América Latina e do fortalecimento do Mercosul.

Eles pedem ainda uma política de desenvolvimento que preserve o meio ambiente e resguarde a Amazônia, por um projeto com distribuição de renda e valorização do trabalho, pelo fortalecimento da indústria nacional e contra o latifúndio.

Prática
As entidades pedem ainda a ampliação da população nas decisões do governo, fim do monopólio dos meios de comunicação, educação pública, gratuita e de qualidade, saúde pública e fim da exploração sexual das mulheres.

“A gente precisa sair da conversa retórica para ir para a prática”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique.

Povo não é bandido
O documento aprovado se posiciona contra a criminalização dos movimentos sociais.

“Nós achamos que vamos ser vítimas de um processo eleitoral e a forma de nos vitimar vai ser criminalizando nossa luta”, disse João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST.

Ele lembrou das nove prisões de sem-terra feitas a partir da ocupação da Fazenda Cutrale, no interior de São Paulo, e outros três presos em Santa Catarina, acusados de incitar a violência e estimular a ocupação de fazenda na cidade de Imbituba.

As entidades e centrais marcaram para o 1º de julho a realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora.