Haiti tem mais ajuda brasileira e europeia

O governo federal aumentou as ações de ajuda à população haitiana e os países europeus anunciaram a doação de R$ 1 bilhão. País só se reabilitará com ajuda internacional.


Desesperada, população precisa da ajuda internacional para sobreviver

O governo federal aumentou as ações de ajuda à população haitiana, vítima de um terremoto que deixou milhares de mortos. Ontem, a área econômica começou a redimensionar recursos previstos no orçamento da União para enviar ao país caribenho. Nos próximos dias, a Marinha brasileira vai enviar um navio ao Haiti para ajudar a população e as equipes que atuam nas operações de resgate e recuperação dos estragos. Em fevereiro, o presidente Lula deverá visitar o país.

Ontem, também, os 27 países da União Europeia anunciaram a entrega de R$ 1 bilhão ao Haiti. A doação é importante porque o tremor de terra destruiu a pequena infraestrutura que existia no Haiti – a nação mais pobre das Américas -, fazendo com que os sobreviventes dependam do auxílio humanitário enviado pela comunidade internacional para sobreviver.

A dificuldade para a distribuição de alimentos e água, entretanto, eleva os temores de que uma onda de violência tome conta das já caóticas ruas de Porto Príncipe, capital do país e onde se concentra o maior número de atingidos pelo desastre.

Mortos – A Cruz Vermelha Internacional, que presta socorro na ilha, anunciou que os saques e a violência estão aumentando, ao mesmo tempo em que cresce o desespero dos sobreviventes.

“Muitos habitantes do Haiti enfrentam uma situação catastrófica, pois o acesso a abrigo, serviços sanitários, água, comida e cuidados médicos seguem extremamentes raros”, afirma a instituição.

Relatos das equipes de resgate apontam que pelo menos 70 mil vítimas do terremoto já foram enterradas em valas coletivas. No entanto, é cada vez maior o consenso de que o número exato de mortos jamais será conhecido. As estimativas atuais estão entre 150 e 200 mil pessoas.