Encontro Nacional busca fim dos manicômios


Participantes querem doente mental convivendo em sociedade

A Sede do Sindicato abriga até domingo o 9º Encontro Nacional de Usuários e Familiares na Luta Antimanicomial. A cada dois anos, o movimento que luta pelo fim dos manicômios – e é o segundo maior do Brasil, atrás apenas do MST – reúne agentes de todo o País para discutir ações pelo fim dos manicômios e buscar mais direitos aos usuários.

“Nós queremos acesso ao trabalho, educação, saúde, como qualquer outro cidadão brasileiro”, conta Maria Dirce Cordeiro, presidente da Associação de Volta para Casa, de Santo André, e uma das organizadoras do evento.

É importante lembrar que a doença mental é diferente da deficiência mental, apenas os nomes são parecidos. “Nós não queremos ser jogados numa casa afastada e sermos trancafiados. Podemos conviver em sociedade e desfrutar de liberdade, com o tratamento correto”, explica.

A situação melhorou bastante no Brasil nos últimos anos, com o fechamento de diversos manicômios e a criação dos Centros de Atenção Psicossocial, os CAPS, que estimulam a integração social e familiar do seu usuário e apóiam suas iniciativas de busca da sua autonomia.

“Atualmente, temos uma unidade para cada 200 mil pessoas, o que é muito pouco. O ideal seria mais unidades com mais diversidade, para idades e doenças diferentes”, completa Maria Dirce.