Senai não atinge meta de vagas gratuitas

O Senai não conseguiu atingir a metas de oferecer 50% das suas vagas em todo o País a cursos gratuitos para alunos de baixa renda.

As metas foram definidas no ano passado, depois que o governo federal ameaçou mandar 40% dos recursos arrecadados pelas entidades que compõem o sistema S para um fundo de formação profissional. O Senac também faz parte do acordo.

Rafael Marques, vice-presidente do Sindicato e membro do Conselho Nacional do Senai/Sesi, disse que o movimento sindical vai pressionar a entidade a atingir a meta, uma vez que o orçamento da entidade não sofreu alterações, mesmo com a crise econômica mundial. Ao contrário, vai crescer ano que vem em relação a este.

Em 2009, o Senai São Paulo deveria dispor metade de suas vagas a alunos de baixa renda. Até agora só chegou a 36%.
“É um contrassenso para o Estado onde o sistema tem mais recursos”, disse Rafael. O orçamento para este ano é de R$ 875 milhões e, para 2010, R$ 937 milhões estão reservados.

Como comparação, ele cita o caso de Minas Gerais, que ultrapassou a meta e chegou a 57% de vagas gratuitas e com orçamento bem menor e em queda, R$ 233 milhões para este ano e R$ 225 milhões para ano que vem.

Em todo o País, 12 Estados não conseguiram cumprir a meta.

Orçamento
Outra reivindicação dos sindicalistas ao Conselho, segundo Rafael, é tomar parte da elaboração do orçamento do Senai/Sesi e participam da definição dos recursos.

Hoje, os sindicalistas apenas aprovam o orçamento.

Sesi e Senai fazem parte do chamado Sistema S, que inclui setores do comércio, rural e transporte e tem um orçamento de R$ 7 bilhões proveniente da folha de pagamento das empresas.