Dia da Consciência Negra


Segundo Zuza, mais que feriado, 20 de novembro é dia de reflexão

O 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, é feriado ou ponto facultativo em oito Estados e em mais 757 cidades do País, de acordo com levantamento da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial.

A adesão ao feriado é uma decisão legal de cada Estado ou cidade. Já decretaram feriado ou ponto facultativo os Estados de Alagoas, Ceará, Amapá, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

A data homenageia Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e principal símbolo da resistência negra à escravidão.

Até a década de 70, a data de debate sobre a desigualdade racial era feita no 13 de Maio, dia em que a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, em 1888, acabando com a escravidão.

Preconceito – Em 1971, ativistas gaúchos do Grupo Palmares mudaram a data para 20 de novembro, dia da morte de Zumbi, alegando que o resgate de sua luta é muito mais emblemático
que uma lei adotada por um regime escravocrata falido.

A mudança foi incorporada pelo movimento negro.

“Mais do que folgar ou não no trabalho e na escola, o dia da Consciência Negra é uma forma de debater os caminhos para o fim do preconceito”, disse Cláudio Teixeira, o Zuza, da Comitê
de Igualdade Racial do Sindicato.

Ele lembrou que dezenas de atividades estão acontecendo na região neste mês, resgatando as tradições culturais, musicais e religiosas do povo negro e debatendo os desafios para a conquista da igualdade racial.

“Essas atividades aproximam a sociedade da nossa luta”, concluiu.