Nova lei agiliza adoção

Começou a valer na terça-feira a nova Lei da Adoção. Ela pretende agilizar e aumentar o número de adoções no País.

Duas das principais mudanças são a abertura da possibilidade de adoção a pessoas solteiras e a limitação em dois anos do tempo de permanência da criança nos abrigos.

Outra inovação é o conceito de família extensa, que dá prioridade à adoção dentro da própria família como tios, avós e primos. Também serão criados cadastros nacional e estadual de crianças em condições de serem adotadas e pessoas habilitadas para a adoção.

“São parâmetros importantes para agilizar as adoções e para que as crianças não sejam esquecidas nos abrigos”, disse o presidente da Fundação Criança de São Bernardo, Ariel de Castro Alves.

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Ele comentou que só a mudança da lei não é suficiente.

Atualmente, das 80 mil crianças e adolescentes que vivem em abrigos, 3.500 estão em condições de serem adotadas, enquanto o número de interessados na adoção é de mais de 22 mil.

Pesquisa mostra que a maior parte quer adotar criança com até três anos de idade. Já nos abrigos, a maioria a espera por adoção é negra e tem entre sete e 14 anos.

“Os adotantes devem diminuir as exigências e ter maior consciência social. Eles devem pensar menos em si e mais nas crianças que precisam ser adotadas”, disse Ariel.