Quem falou “sim, nós podemos”?

Ao contrário da imprensa internacional, que reconheceu a participação do governo brasileiro e do presidente Lula para a vinda das Olimpíadas de 2016 para o Rio de Janeiro, os meios
de comunicação nacionais esvaziaram a conquista como resultado da diplomacia brasileira.

O Fantástico do último domingo, por exemplo, simplesmente desapareceu com o presidente na longa matéria que apresentou.

Na abertura, exibiu um clip com imagens da cidade e da delegação na expectativa da escolha. Após o anúncio, mostrou a festa e a comemoração. Focou com destaque por duas vezes o Pelé, que nem abriu a boca.

Depois, o programa trouxe uma entrevista do Carlos Arthur Nuzman, o discurso do João Havelange e absolutamente nada sobre a fala de Lula.


Grande imprensa manipula informação para sumir com participação de Lula na definição do Rio como sede das Olimpíadas

Depois, mostraram umas imagens de bastidores, em que ele aparece meio de papagaio de pirata, como que para dizer que sua participação foi acessória e simbólica.

Se alguém se informou só pelo Fantástico ficou com a nítida impressão que Lula não teve nenhuma influência na escolha do Rio.

Nenhuma palavra sobre o discurso emocionado do presidente, que garantiu a escolha do Rio.
Nada sobre o histórico “sim, nós podemos”, com que ele enterrou séculos de submissão brasileira.

É incrível, mas a Globo não se cansa de tentar escrever sua versão da história. Em sua primeira página, o jornal O Globo diz que Havelange e Pelé foram decisivos para o conquista.
As revistas Veja e Época publicaram praticamente a mesma matéria esvaziando a importância da diplomacia brasileira.

O Rio de Janeiro conquistou o direito de sediar as Olimpíadas de 2016 como reconhecimento de
uma candidatura madura e realista. Trata-se de uma combinação de fatores, entre elas economia estável e avanços sociais, com o novo papel desempenhado pelo Brasil no cenário global, um papel de protagonista e não mais de subserviência.

Nestes dois pontos, a ação do governo federal foi fundamental para a escolha.