Golpistas cercam embaixada do Brasil

O Exército de Honduras reprimiu com violência, ontem, milhares de pessoas que se aglomeravam em frente da embaixada brasileira em apoio ao presidente deposto do país, Manoel Zelaya, que está refugiado lá desde segunda-feira.

Segundo a emissora venezuelana Telesur, a polícia cortou a energia elétrica na cidade de Tegucigalpa, capital de Honduras, o que pode se estender para todo o país. Cortou também o sinal do canal de televisão 36 e o abastecimento de água e o telefone da embaixada. Rádios também interromperam transmissões. A Telesur informou que duas pessoas morreram nas manifestações.

A repressão se soma ao fechamento dos quatro aeroportos internacionais em Honduras para impedir a chegada do secretário Geral da Organização dos Estados Americanos, José Miguel Insulza, ao país. Ele é um dos que pode mediar o conflito.

Violação
Zelaya retornou de surpresa ao país para tentar iniciar um diálogo que encerre a crise instalada após o golpe militar que o depôs, em 28 de junho.

O governo brasileiro garantiu que não incentivou a volta de Zelaya, mas apoia sua permanencia na embaixada por se tratar de direito previsto na ordem internacional. Embaixadas são territórios do país de origem dos diplomatas. Assim, uma invasão do exército hondurenho pode ser vista como uma violação ao Brasil.


Soldados do Exército cercam embaixada do Brasil em Honduras