Campanha salarial coloca R$ 94 milhões na economia

O acordo com as montadoras e os compromissos firmados pelas empresas com os metalúrgicos da região até agora, já garantiram a injeção de R$ 94 milhões na economia.

Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em dados do IBGE, mostra que perto de 32 milhões de brasileiros subiram de classe social entre 2003 e 2008.

A classe C, aquela com renda familiar entre R$ 1.115,00 e R$ 4.807,00, que forma a maioria da população, recebeu 25,9 milhões de brasileiros nos últimos cinco anos.

Ao mesmo tempo, a classe AB, que representa o grupo com renda domiciliar superior a R$ 4.807,00, ganhou 6 milhões de pessoas.

De acordo com o economista da FGV Marcelo Néri, responsável pelo estudo, esse movimento foi puxado pelas políticas de transferência de renda do governo federal.
“Se eu reajusto o Bolsa Família, a grande beneficiária é a classe E. Se eu aumento o salário mínimo quem mais ganha é a classe D”, explicou.

Conquista
Néri destacou que desde 2001 o Brasil vive um processo de redução da desigualdade. Neste período, a renda per capita dos 10% mais pobres da população subiu 72%, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu, aproximadamente, 11%.

De acordo com o economista, essa melhora no indicador foi impulsionada principalmente pela renda do trabalho. “Acho que essa redução de desigualdade foi a grande conquista da década”, ressaltou Neri. 

 
Brasileiros na classe C já são metade da população