Contra a crise, mais salário

O Brasil de olho nos metalúrgicos do ABC
A partir desta semana, as mobilizações por fábricas serão intensificadas na campanha salarial para que as negociações com os grupos patronais terminem até a segunda semana de setembro.
Esta foi a principal definição da reunião de mobilização realizada na última sexta-feira à noite, na Sede do Sindicato. “O Brasil vai ficar de olho nos resultados de nossa campanha”, observou o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre. “A responsabilidade é grande por que nossa luta influencia as campanhas de outras categorias com data base neste segundo semestre”, prosseguiu.

Dificuldades
Ele lembrou que a campanha salarial é um dos momentos mais importantes para a categoria e que, neste ano, os metalúrgicos vivem dois mundos diferentes.
Um desses mundos é o da indústria de automóveis, que continua com alta na produção e nas vendas.
O outro mundo abrange os setores de máquinas e de caminhões, que só agora começam a mostrar sinais de recuperação das dificuldades provocadas pela crise econômica mundial.

Fundamental
Sérgio Nobre destacou ainda que, mesmo em momentos mais difíceis que o atual, os metalúrgicos nunca fizeram um acordo com um índice de reajuste menor que a inflação.
“Só houve crescimento de produção e vendas no Brasil nos últimos anos porque os trabalhadores conquistaram aumentos reais sucessivos a cada campanha, o que aumentou o poder de compra”, insistiu o presidente do Sindicato.

 

Sérgio Nobre lembrou que aumento real nos salários faz o País crescer

Calendário de negociações
Com um debate sobre as cláusulas sociais, começaram ontem as negociações com as montadoras. Elas prosseguem amanhã e nos dias 24, 26 e 27.
O mesmo ocorreu no setor de Fundição, que também abriu as negociações ontem.
Hoje acontece a primeira reunião com o Grupo 2 (máquinas e eletroeletrônicos).
Também nesta terça-feira prosseguem as negociações com o Grupo 3 (autopeças, parafusos e forjarias) e mais um encontro está previsto para quinta-feira.