Usuários e moradores protestam contra restrição de fretados

Os dois primeiros dias de funcionamento das novas regras para os fretados na capital são marcados por confusões e protestos de todos os tipos

Os dois primeiros dias de funcionamento das novas regras para os fretados na capital são marcados por protestos, em toda a cidade. Na manhã desta terça-feira (28), um grupo de cerca de 40 moradores do Brooklin, na zona sul de São Paulo, protestou contra a zona de restrição de fretados.

A Rua Guilherme Barbosa de Melo, próximo à Estação Berrini da CPTM, ficou totalmente interditada, impedindo o acesso de embarque e desembarque dos fretados, segundo informações da Polícia Militar.

Os moradores reclamam que a rua é estreita, dificultando a saída e entrada de carros nas casas. Eles também se queixam do barulho dos ônibus.

Na segunda-feira, primeiro dia de restrições, filas se formaram na porta da estação de metrô Imigrantes, houve bate-boca com o secretário Municipal de Transportes da capital, Alexandre de Moraes, e muita reclamação, não só de usuários, mas de moradores próximos aos bolsões de embarque e desembarque de passageiros.

De acordo com usuários desse tipo de transporte, em algumas situações houve atraso de até uma hora em relação ao trajeto normal praticado antes da portaria entrar em vigor.

Na estação Imigrantes do Metrô, parada obrigatória dos fretados que partem da Baixada Santista, os usuários enfrentaram filas para utilizar o transporte público. Alguns insatisfeitos bateram boca com Alexandre de Moraes, que passou pelo local rapidamente e teve de sair às pressas.

Apesar da quantidade de reclamações, Moraes disse que tudo está de acordo com o cronograma projetado pela Prefeitura. “Tudo transcorreu com grande normalidade. Agora só falta um ajuste fino na operação”.

Um dos poucos problemas, de acordo com ele, é um local de embarque de passageiros, na rua Alvorada (um dos 14 bolsões autorizados pela Prefeitura). No local houve congestionamento e os moradores não puderam sair de suas garagens.

Já a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) considerou o trânsito na cidade pela manhã dentro dos índices normais de congestionamento para o horário no período de férias.

Não é o que pensam as empresas do setor. Para Miguel Jorge dos Santos, diretor executivo da Transfretur, que representa as empresas de fretados, a restrição de circulação foi realizada sem nenhum estudo técnico sério e não há diálogo com a prefeitura. “Gostaríamos de ter em mãos um estudo técnico do impacto dos fretados no trânsito e na vida da cidade para compreender e aderir a estas medidas. Sem diálogo fica difícil para todos”.

Mesmo em vigor, a portaria do prefeito Gilberto Kassab (DEM) deverá passar pela Câmara de Vereadores, logo após terminar o recesso.

Da Redação com informações da Rede Brasil Atual e da Agência Estado