GM sai da concordata e trabalhador paga a conta


Novos donos são Estados Unidos, Canadá e os trabalhadores

Após demitir 64 mil trabalhadores (30% da mão de obra), fechar 13 fábricas e encerrar as atividades de 2.400 revendas, a General Motors dos Estados Unidos saiu sexta-feira da concordata em que havia entrado há 40 dias.
A montadora recebeu investimentos de mais de R$ 100 bilhões do governo norte-americano para se livrar das dívidas de R$ 350 bilhões. Mesmo assim, carrega uma dívida de outros R$ 100 bilhões.
Graças ao aporte de capital, o governo dos EUA detém agora 61% do grupo, os trabalhadores ficaram com 17,5%, o governo do Canadá é dono de 11,7% e os antigos credores de 10%. Isto significa que, agora, a maior parte da GM é do Estado norte-americano.
Contudo, tudo isso ocorreu sem que houvesse qualquer preocupação do governo em manter os postos de trabalho. No Brasil, ao contrário, a ajuda às montadoras por meio da redução do IPI só ocorreu após o compromisso da manutenção do nível de emprego.

Brasil
Já os trabalhadores na fábrica de São Caetano pararam a produção na semana passada e ontem conseguiram a contratação de 50 metalúrgicos ainda nesta semana.
A montadora dará preferência aos que foram dispensados no início do ano.