Preconceito existe e é velado

Na segunda Roda de Conversa, realizada sexta-feira na Sede, o depoimento de Zé Rodrigues, líder do quilombo de Ivaporanduva (SP), confirmou que ainda existe preconceito no Brasil.
Ele só saiu do quilombo aos 16 anos, quando sofreu toda sorte de preconceito por parte dos “civilizados”. Aí, Zé Rodrigues viu a necessidade de lutar pela manutenção de todos os quilombos no País.
Já Maurício Pestana começou a trabalhar como cartunista aos 20 anos, na revista Isto É, e diz que era evidente o preconceito da redação em relação a um negro. Ele trabalhou com o cartunista Henfil, que o avisou da necessidade de se dedicar mais que os outros, justamente por ser negro. Hoje ele faz parte do Conselho Editorial da Revista Raça.
Cláudio Teixeira, o Zuza, coordenador da Comissão de Igualdade Racial do Sindicato, considerou os debates de alto nível. “Todos pediram a implementação da lei que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afrobrasileira e africana na educação do Ensino Fundamental e Médio, que até hoje não saiu do papel”, disse.