Manifestação no Congresso defende a Petrobras

Trabalhadores, estudantes e militantes de movimentos sociais deram ontem um abraço simbólico no Congresso Nacional para exigir a retomada do monopólio estatal do petróleo e uma Petrobras 100% pública e com compromisso social.
“Esse ato não é a favor ou contra a CPI da Petrobras. Seu objetivo é mostrar que não se deve colocar esse assunto em pauta quando temas mais importantes, como a redução da jornada de trabalho, não são discutidos pelo Congresso”, afirmou o presidente da CUT, Artur Henrique.

Boicote
Ele acredita que a instalação de uma CPI em meio à crise econômica mundial é um jogo eleitoreiro da oposição para inviabilizar ações do governo como o PAC.
“A CPI foi aprovada antes da opinião de instrumentos de fiscalização eficientes como a Advocacia Geral da União, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas”, destacou Artur.

Empregos
Os manifestantes entregaram uma carta aberta aos parlamentares pedindo urgência na aprovação de uma nova lei do petróleo, que acabe com os leilões e crie um fundo social soberano para gerir as riquezas do pré-sal.
No ato realizado em frente ao Congresso, os manifestantes criticaram a CPI, afirmando que ela é uma manobra para dificultar mudanças na atual legislação do petróleo e retomar o projeto neoliberal de privatização da Petrobras.
Até 2013, a Petrobras vai investir R$ 201 bilhões nas áreas de exploração e produção de petróleo. Esses recursos devem gerar mais de um milhão de novos postos de trabalho, sendo 267 mil empregos diretos e outros 777 mil indiretos, relacionados à cadeia produtiva.