Proposta prevê liberdade de negociação

A manifestação do TST ocorreu porque um grupo de ex-trabalhadores na Volks recorreu à Justiça contra o parcelamento da PLR.
Acordos que vão além da legislação trabalhista também podem ser questionados pela burocracia dos órgãos de fiscalização e até do próprio Judiciário.
São passíveis deste procedimento acordos bem simples, como os que alteram o horário de refeição em troca de redução de jornada. Esses processos e questionamentos podem quebrar a credibilidade de qualquer negociação. O raciocínio é simples:
porque uma empresa negociaria se depois o acordo é contestado na Justiça?
O objetivo da proposta entregue ao presidente Lula é tornar válidas negociações como estas, pois tanto o modelo sindical como a legislação trabalhista em vigor engessam a possibilidade de firmar acordos que vão além do previsto em lei.
A proposta do Sindicato também pressupõe a organização no local de trabalho como primordial para a negociação. “A organização no local de trabalho, que é forte na Volks, foi determinante para a vitória do movimento. Sem a mobilização não teríamos força nem legitimidade suficientes para o acordo”, conclui Sérgio Nobre.