500 mil nas ruas contra a crise

Cerca de meio milhão de trabalhadores foram às ruas em diversos países da Europa, nos últimos dias, para protestar contra a crise econômica mundial, defender
o emprego e lutar contra a tentativa de retirada de direitos.
Os atos fizeram parte de um dia especial de ações convocado pela Confederação uropeia de Sindicatos e reuniram 350 mil pessoas
em Praga (República Tcheca), Cidade do Luxemburgo (Luxemburgo), Madri (Espanha), Bruxelas (Bélgica), Viena (Áustria), Portugal, Grécia, Turquia e Andorra.
A maior manifestação ocorreu na Alemanha, onde mais de 100 mil pessoas protestaram em Berlim, organizadas pela central sindical
DGB, o Sindicato dos Metalúrgicos (IG Metall) e organizações de desempregados.
Eles acusaram os políticos de fracasso no combate à crise, reivindicaram o controle mais rígido dos mercados financeiros e das ações de altos executivos, além de maior participação nas discussões sobre salários.

Patrões
“Os trabalhadores querem garantias de emprego e investimento público para que os dispositivos industriais na Alemanha continuem”, disse Berthold Huber, presidente do IG Metall.
“Centenas de milhares de postos de trabalho estão em jogo”, afirmou.
Para Manuel Carvalho da Silva, da Central Geral de Trabalhadores de Portugal, enquanto as propostas dos patrões forem de precarizar, reduzir salários e direitos não haverá saída para a crise.