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A dívida externa explodiu nos anos 80, levando o Brasil a períodos seguidos de superinflação e recessão.
O governo militar chegava ao fim deixando um ônus enorme aos trabalhadores.
Tanto que a época ficou conhecida como a década perdida. Campanha da CUT em 1987 defendia o não pagamento da dívida externa.

Assembleia Constituinte conclui as votações da atual Constituição, em outubro de 1988, e consagra novos direitos graças às lutas e pressão
dos trabalhadores. Além da redução de jornada, constam a licença maternidade de 120 dias, licença paternidade, 1/3 das férias pagas,
multa de 40% do FGTS nas demissões e outros.

No Paço de São Bernardo, metalúrgicos escrevem com os corpos o índice de 84,18% reivindicado na campanha salarial de 1989.
Trabalhadores repetiram gesto de companheiros que, em 1979, tentaram escrever, também com os corpos, a palavra democracia
no mesmo local e foram impedidos pela polícia.

A campanha salarial de 1990 esbarrou na posse de Collor, em 15 de março e a data-base naquele ano ainda era em 1º abril. As
negociações foram paralisadas devido às expectativas em relação a mais um pacote econômico. Foram renovadas as claúsulas sociais
por 120 dias e as econômicas foram negociadas só no final do ano.

No ano anterior, a inflação tinha alcançado 1.198%. O Sindicato responde como Acender a chama, ato contra a recessão no governo Collor e
pelo crescimento econômico.
Manifestação inaugura vigílias que colocam importantes temas nacionais em debate.

Categoria vai às ruas pelo impeachmentdo presidente Collor, acusado de corrupção.
Movimento derruba o ex-governador de Alagoas e em seu lugar assume o vice, Itamar Franco.

A Câmara Setorial da Indústria Automotiva, puxada pelos metalúrgicos do ABC, marca uma nova fase de intervenção dos sindicatos
na vida brasileira. Os trabalhadores passam a participar como atores na definição de políticas industriais, ao lado do governo e das empresas.