À espera dos EUA, Magneti suspende contratos

Os trabalhadores na Magneti Marelli, de São Bernardo, aprovaram acordo de suspensão do contrato de trabalho de entre 92 a 100 companheiros.
Também conhecido como lay off, o mecanismo tira o pessoal da produção, que passa a receber o seguro desemprego e tem o salário normal complementado pela fábrica.
Aprovado em assembléia na sexta-feira passada, o acordo tem validade a partir de março com prazo de cinco meses e pode ser prorrogado por mais cinco.
Durante esse período, os trabalhadores farão cursos de qualificação no Senai e terão um dia de formação para a cidadania com aulas no Sindicato. Os 400 metalúrgicos que permanecem na fábrica terão 90 dias de estabilidade.

Etapas queimadas
A suspensão do contrato é outra arma adotada para driblar a ameaça de demissões em massa que assombra os trabalhadores na Magneti desde abril passado, quando despencaram os pedidos da GM dos Estados Unidos.
Fabricante de camisas para motores, a fábrica concentrou 80% de sua produção para exportação, sendo que 60% para a GM americana.
Segundo Juarez Barros, o Buda, diretor do Sindicato e trabalhador na empresa, desde aquela época várias medidas foram negociadas, como licença remunerada, coletivas e PDV.
“Agora estamos a espera do pacote de ajuda do governo norte americano às montadoras e que a empresa comece a vender no mercado interno”, afirmou Buda.
Para ele, o
prazo do lay off pode ser suficiente para que essas expectativas se confirmem.
“Se a produção reagir, os trabalhadores poderão voltar antes dos cinco meses para a fábrica”, completou.