CUT faz novos protestos por corte de juros

Atos da CUT pressionam por queda da taxa

Protestos diante das sedes regionais do Banco Central (BC) nos Estados marcaram, ontem, mais um dia do movimento da CUT pela redução das taxas de juros.
As manifestações ocorreram durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que define a taxa de juros básicos (Selic) da economia. Até o fechamento desta edição a definição não havia sido tomada.
“Esses atos não são um debate só pela redução da taxa de juros. Estamos nas ruas para defender nossos empregos”, disse o presidente do Sindicato de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, durante o ato que reuniu cerca de 300 trabalhadores na sede paulista do BC.


Daniel Reis, Sindicato dos Bancários, no ato de ontem em frente ao BC

Spread
Os manifestantes também defenderam a redução do chamado spread bancário, que é a diferença entre o que os bancos pagam para captar o dinheiro e os juros que eles cobram no mercado. Essa diferença chega a 30% no País, quando a média mundial está em torno de 6,5%.
O presidente da CUT, Artur Henrique, participou do ato em Brasília, quando aproveitou para criticar o que chamou de propostas oportunistas que surgem em momentos de crise. Ele se referia às ideias de empresários que têm defendido redução de salários.
Protestos aconteceram em Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Vitória (ES).