35 mil exigem desenvolvimento e valorização do trabalho

A 5ª Marcha da Classe Trabalhadora reuniu companheiros de todo o País, ontem, em Brasília. A luta é em defesa do emprego, da renda e pela adoção de medidas contra os impactos da crise da agiotagem.

Desenvolvimento com valorização do trabalho


35 mil trabalhadores ocuparam o gramado em frente ao Congresso Nacional

A chuva não impediu que 35 mil trabalhadores de todo o Brasil ocupassem na quarta-feira (3) a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para realizar a 5ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora – manifestação organizada pelas seis centrais sindicais brasileiras.

Sob a palavra de ordem “Desenvolvimento com valorização do trabalho”, eles levantaram bandeiras, faixas e cartazes em defesa do emprego, da garantia de renda e pela adoção de

medidas de proteção contra os impactos negativos da crise da agiotagem.
“Só o fato de reunirmos tanta gente neste momento já é uma grande vitória.
Isso mostra que o povo brasileiro está pronto para a luta”, afirmou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique.

Questões como a valorização do salário mínimo, ratificação da convenção 158 da OIT (que coíbe demissões imotivadas) e o fim do fator previdenciário também foram bandeiras da manifestação.

Propostas
Após o ato, representantes das centrais entregaram aos presidentes da Câmara e do Senado um documento unitário, com 18 propostas para enfrentar a crise.

Ainda na quarta-feira, estava prevista audiência com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luís Dulci, que receberia as delegações das centrais acompanhado por membros da equipe econômica.

Nesta quinta-feira, os dirigentes sindicais têm encontro marcado com o ministro da Previdência, José Pimentel, e com a ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Marcha denuncia golpe patronal
O combate à terceirização também foi tratado pela 5ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora.

“Está em curso uma ação orquestrada dos patrões, com o objetivo de realizar uma reforma trabalhista a força”, denunciou a secretária nacional de Organização da CUT, Denise Motta Dau.

Entre as mudanças pretendidas estão o afastamento dos sindicatos das negociações sobre terceirização e a permissão para terceirizar a atividade principal da empresa, o que hoje é proibido.