Discriminação é visível no mercado de trabalho

A população negra desempregada é proporcionalmente maior do que a população não-negra, de acordo com estudo do Dieese, em referência ao Dia da Consciência Negra.
Segundo o estudo, em 2007 a população economicamente ativa negra era de 3,6 milhões de pessoas, cerca de 36% da força de trabalho da Região Metropolitana de São Paulo. Desse universo, 82,4% trabalhadores estavam ocupados e 17,6%, desempregados. Para efeito de comparação, a população não-negra ativa era de 6,5 milhões de pessoas, com 86,7% dos trabalhadores ocupados e 13,3% desempregados.
Entre os desempregados da capital, os negros representam cerca de 43%. De acordo com o Dieese, as mulheres negras, em especial, detêm os resultados mais desfavoráveis, com taxa de desemprego total de 20,4%.
O estudo aponta uma contradição. Tradicionalmente, os negros entram no mercado de trabalho mais cedo do que os não-negros e permanecem nele por mais tempo.