Você ainda morre disso!

Doenças do aparelho circulatório, provocadas pela má-alimentação, fumo, bebida e sedentarismo, são as que mais matam.

Doenças da modernidade são as que mais matam

Pesquisa apresentada ontem pelo Ministério da Saúde aponta que as chamadas doenças da modernidade são as que mais matam homens e mulheres no Brasil.
As doenças do aparelho circulatório, aquelas associadas à má alimentação, ao consumo excessivo de álcool, ao tabagismo e à falta de atividade física, lideram a lista das mais mortais. Depois, vem a violência.
De acordo com o estudo, 283.927 brasileiros morreram em 2005 por problemas do aparelho circulatório, 32% do total de mortes registrado no ano.

Inversão

O perfil de mortalidade, segundo o Ministério, revela mudanças provocadas, por exemplo, pela rápida urbanização.
No passado, doenças infecciosas e parasitárias como as diarréias, a tuberculose e a malária estavam entre as principais causas de morte no País.
Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde indicam que, em 1930, as doenças infecciosas respondiam por cerca de 46% das mortes enquanto em 2003 elas representavam apenas 5% do total.
Já as doenças cardiovasculares que respondiam por apenas 12% dos óbitos na década de 30 são hoje responsáveis por quase um terço das mortes.

 

Morrem mais homens

As mulheres representam a maioria da população, mas é maior o índice de mortes entre os homens. Segundo o mesmo levantamento, de um total de 1.003.350 óbitos ocorridos em 2005, 582.311 eram pessoas do sexo masculino, 57,6%.
A principal causa registrada, segundo a pesquisa, foram as doenças do coração, responsáveis pela morte de 49.128 homens. As doenças cerebro-vasculares seguem em segundo lugar, com 45.180 mortes, seguidas pelos homicídios, com 43.665. Depois delas, vem os cânceres de traquéia, brônquio, pulmão, próstata e estômago.
O estudo capta os óbitos ocorridos no Brasil dentro ou fora de ambiente hospitalar e com ou sem assistência médica. De acordo com o Ministério, a tendência de morte não varia muito em um curto período de tempo e as informações refletem a atual situação da mortalidade no País.