Mais pais não pagarão mensalidades no Sesi

Instituição revisou renda mínima nas escolas paulistas. "Essas medidas são resultado de um processo de mobilização dos pais", disse Rafael Marques, vice-presidente do Sindicato

Para o próximo ano, a direção do Sesi ampliou o número de pais que estarão isentos do pagamento das mensalidades dos cursos das escolas paulistas.

Hoje, estão dispensados da mensalidade aqueles que ganham até um salário mínimo por pessoa da família, e esse valor passou para R$ 515,00 por pessoa. A isenção também foi estendida aos cursos do ensino médio, cujas mensalidades baixaram de R$ 250,00 para R$ 150,00.

“Essas medidas são resultado de um processo de mobilização dos pais iniciado há dois anos, a partir do momento em que o Sesi de São Paulo acabou com a gratuidade”, disse Rafael Marques, vice-presidente do nosso Sindicato. Ele voltou a defender o argumento de que a cobrança das mensalidades representa uma bitributação aos trabalhadores, uma vez que o dinheiro do Sesi é repassado pelas empresas com base em percentual sobre a folha de pagamento.

Rafael acredita que a cobrança das mensalidades nas escolas paulistas está com os dias contados, uma vez que a postura do Sesi de São Paulo contraria acordo feito entre as entidades do Sistema S e o Ministério da Educação.

O protocolo assinado pelo Sesi, Senac, Sesc e Senai garante que a gratuidade dos cursos passa a ser uma regra e não uma exceção, como ocorre aqui no Estado. Pelo acordo, Senai e Senac deverão investir dois terços de suas receitas em cursos gratuitos, a serem oferecidos a estudantes de baixa renda e a trabalhadores.

Já o Sesc e o Sesi deverão investir um terço de seus recursos em educação. “A posição do Sesi paulista está na contramão dos encaminhamentos feitos pela entidade em nível federal”, disse Rafael. Ele disse ainda que o Sesi encaminhou a solução de vários problemas que eram motivo de protesto por parte dos pais das escolas da região do ABC. “As salas de informática foram implantadas, houve a contratação de inspetores e a substituição de profissionais que não estavam preparados para lidar com os pais de alunos, inclusive pessoas em cargos de comando”, afirmou