Globo é condenada por usar PJ

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) obrigou a TV Globo a reconhecer o vínculo de emprego da jornalista Cláudia Cordeiro Cruz (foto), contratada como pessoa jurídica (PJ).
Ela trabalhou entre 1989 e 2001, sem carteira assinada, como repórter e apresentadora do Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom Dia Rio, Jornal Hoje, RJ TV e Fantástico. Para prestar serviços à TV Globo, a jornalista teve que formar uma empresa e emitir notas fiscais. Assim, a emissora se livrava de cumprir os diretos trabalhistas. Por isso mesmo, a decisão é mais uma vitória de toda a classe trabalhadora contra a precarização, como pretendia a emenda 3. As emissoras de televisão foram às principais incentivadoras da emenda, vetada pelo presidente Lula.
O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro condenou a TV Globo a registrar na carteira de trabalho da jornalista o período de contrato de maio de 1989 a março de 2001, com o salário de R$ 10 mil. A emissora recorreu, mas o TST rejeitou e manteve a decisão do TRT.