Reestruturação produtiva

DIEESE
Reestruturação
Produtiva
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A reestruturação econômica e produtiva tem se caracterizado,
particularmente nas últimas décadas, como um processo abrangente e de expressivo
impacto sobre o mundo do trabalho, em todos os cantos do planeta.

No Brasil, apesar da maior
atenção dedicada nos anos recentes pelos meios de comunicação, desde o início
dos anos 80 o movimento sindical brasileiro, e o Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC em particular, têm buscado construir uma capacidade própria de informação e
compreensão de tais transformações, e de suas potenciais implicações para os
trabalhadores e para a sociedade em geral, procurando definir posições e
propostas que possibilitem a constituição – difícil, como bem sabemos- de um
processo de mudança tecnológica voltado aos interesses mais amplos da população,
e da efetiva melhoriade sua qualidade de vida.

Nos locais de trabalho,
isso significa construir alternativas que impliquem na melhoria das condições de
trabalho, na construção de formas organizacionais que respeitem a capacidade
inovadora dos próprios trabalhadores, na redução das taxas de rotatividade, na
redução das jornadas de trabalho e na progressão salarial.

Sabemos também que o
processo de reestruturação produtiva é extremamente heterogêneo, convivendo
novas tecnologias e novas formas organizacionais com sistemas e estruturas ainda
típicos do modelo taylorista-fordista de organização da produção, como as linhas
de montagem, o parque de máquinas convencional baseado em tecnologia
eletro-mecânica, e os estilos autoritários e hierarquizados de gestão do
trabalho.

Para tanto, a Subseção
DIEESE tem realizado pesquisas e elaborado diagnósticos, inclusive junto aos
trabalhadores em seus próprios locais de trabalho, como importante fonte de
informação sobre o processo de reestruturação produtiva nas empresas da
indústria metalúrgica do ABC, possibilitando ao movimento sindical a reflexão e
a ação política necessárias à transformação dos seus rumos.

Desta forma este
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem buscado influenciar nos processos de
mudanças pretendidos pelas empresas, dedicando esforços no sentido de
estabelecer um processo de negociação que resulte em acordos coletivos como os
já estabelecidos, que tratam de:


Terceirização
Células de
produção
Trabalho em Grupo
Logística

Programas de Qualidade (Kaizen)

Reestruturação de Cargos e Salários

Participação nos Lucros e Resultados

Redução e flexibilização de Jornadas de trabalho

Não se trata portanto de oposição à inovação
tecnológica, mas sim da luta por uma efetiva