Reestruturação do Complexo Automotivo Brasileiro

As considerações e propostas apresentadas neste estudo são a síntese de um intenso debate desenvolvido em nosso sindicato. O primeiro resultado dessa discussão foi demonstrar a viabilidade da elaboração de uma política industrial em bases democráticas.

Partindo de um estudo preliminar preparado pelo DIEESE – Subseção dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, o Sindicato constituiu um grupo de trabalho formado pela Diretoria, DIEESE, Comissões de Fábrica, Representantes do DESEP/CUT, TIE, Governo Paralelo e especialistas ligados à Universidade. A discussão desenvolveu-se também com a militância de nossa categoria e os Sindicatos dos Metalúrgicos de Santo André (SP) e de Betim (MG), que contribuíram com sugestões ao estudo.

Este documento, fruto desse debate, começa com uma exposição sobre os rumos recentes e as tendências no setor automobilístico, em termos internacionais e nacionais. Fica claro que não são otimistas as previsões para a indústria automotiva brasileira, se não for implantada com urgência uma nova política industrial no país. Nossos empregos e salários, já há muito fortemente afetados, poderão sofrer ainda maiores.

Isto nos levou a participar da Câmara do Setor Automotivo, tendo em vista que, desta vez, se propunha discutir toda a reestruturação dessa indústria no Brasil. O modo como se definiu esse objetivo para a Câmara está relatado na Segunda parte do trabalho.

Na terceira parte, apresentamos as diretrizes mais gerais que norteiam nossa intervenção, e estas não poderiam deixar de ser a busca da recuperação do emprego, do salário e melhoria das condições de trabalho. Estas diretrizes estão inseridas num projeto mais amplo, que chamamos de novo modelo para o Setor Automotivo Brasileiro.

Nas seções quatro e cinco transformamos estas diretrizes em propostas concretas, seja para o curto prazo, seja para o médio e longo prazos.

Esperamos que tais propostas suscitem debate na sociedade em geral. A indústria brasileira necessita se modernizar para sobreviver, mas essa modernização deve ser sinônimo de avanço, resultando na melhoria das condições de vida da população em geral, e não o seu contrário.

Formato: 14,5cm x 21cm
Nº páginas:66
Data de publicação: (março de 1992)
Valor para Sócio do Sindicato R$ 5,00
Valor para Não Sócio: R$ 7,00

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